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MPRJ denuncia por feminicídio padrasto que assassinou a enteada e ocultou seu cadáver
Publicado em Fri Jul 26 12:32:47 GMT 2024 - Atualizado em Fri Jul 26 12:32:33 GMT 2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o mecânico Luiz Paulo Alves Vieira Filho, acusado de matar e ocultar o corpo da enteada, Júlia Hemanuelly de Faria Costa, de 15 anos, em Piraí, no Sul Fluminense. Na denúncia, a Promotoria de Justiça de Piraí pede a condenação de Luiz Paulo pelos crimes de feminicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Em fevereiro de 2023, após levar a esposa ao trabalho, Luiz Paulo esganou a enteada, por ser ela contra o relacionamento dele com sua mãe, causando-lhe asfixia e lesões corto contundentes, que resultaram na sua morte. 

Em seguida, o denunciado embrulhou o corpo de Júlia em um lençol, colocando-o em seu carro, e se dirigiu até o Município de Quatis, onde, em uma área de mata, na localidade de São Joaquim, deixou o cadáver da vítima, cobrindo-o ainda com uma lona plástica, encontrada no próprio terreno.  

“O crime ainda foi cometido de modo que tornou impossível a defesa da vítima, eis que foi cometido pelo padrasto da vítima, uma menina de 15 anos, homem de estrutura avantajada contra uma jovem adolescente sem qualquer chance. Por fim, o crime foi cometido por feminicídio, eis que praticado contra a mulher, no seio familiar, em razão do próprio sexo dela”, diz a denúncia. 

Segundo a peça acusatória, friamente, Luíz Paulo ainda se apossou do celular de Julia, e, passando-se por ela, mandou mensagens, inclusive para a esposa, dizendo que a menina teria ido para o Rio de Janeiro. 

O crime chocou toda a Região Sul Fluminense. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Airoso,  a demora em encontrar o corpo preocupou a população local. “Enquanto eram feitas as buscas pelo corpo, o assassino se passava pela menina, mentindo para a mãe dela. No telefone da própria menina, se passando por ela, ele dizia, por mensagens, que não ia voltar para casa e que era para a mãe cuidar bem dele que era um homem religioso e bom padrasto”, destacou o promotor. 

Descoberta a autoria, foi o próprio Luiz Paulo que indicou o local onde estava o corpo. “Se ele não dissesse onde estava a ossada, dificilmente alguém ia achar porque, conforme ele mesmo falou, só tinha osso.  Uma vez achada a ossada, depois feito o exame da arcada dentária, verificou-se que era mesmo da menina”, explicou Marcelo Airoso, acrescentando que o assassino é réu confesso pelo assassinato da enteada e que já está preso por outro crime, que é considerado hediondo:  Luiz Paulo foi condenado no início deste ano a uma pena de 15 anos de reclusão em regime fechado por ter estuprado várias vezes sua esposa, mãe da jovem assassinada. 

Por MPRJ

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