Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto ao II Tribunal do Júri da Capital, obteve a condenação de Gerardo Alves Mascarenhas, conhecido como “Pirata”, por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima). O réu foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida na noite desta terça-feira (21/10).
De acordo com a denúncia do MPRJ, Gerardo Mascarenhas executou a vítima com disparos de arma de fogo na cabeça e no rosto, em plena via pública, quando ela já se encontrava caída ao chão, em um ato típico de execução sumária. O crime foi cometido em concurso de agentes, com o uso de motocicleta sem placa, de forma a dificultar a defesa da vítima.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do Ministério Público. Para a fixação da pena, o Juízo considerou as circunstâncias do crime e a reincidência do réu, que já havia sido condenado em outras duas ações penais — uma delas decorrente da Operação Intocáveis, que desarticulou o braço armado da milícia de Rio das Pedras e Muzema. Naquela investigação, Gerardo foi apontado como integrante do grupo “Os Intocáveis”, organização criminosa que também tinha entre seus membros o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega.
Contexto — Operação Intocáveis
A Operação Intocáveis, deflagrada em 2019 pelo MPRJ e pela Polícia Civil, teve como objetivo desarticular a milícia que atuava em Rio das Pedras, Muzema e adjacências, extorquindo comerciantes e moradores, praticando homicídios e controlando atividades econômicas ilegais na região. Gerardo Alves Mascarenhas era um dos principais braços armados do grupo, responsável por execuções e cobranças determinadas pelos líderes da milícia.
Por MPRJ

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