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MPRJ e MPSC serão pioneiros no uso de ferramenta de ponta para investigar criptoativos
Publicado em Mon Aug 11 10:37:53 GMT 2025 - Atualizado em Mon Aug 11 11:34:27 GMT 2025

Um passo estratégico para ampliar a capacidade investigativa sobre criptoativos foi dado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Os dois MPs se tornaram os primeiros órgãos públicos do Brasil a firmar acordo com a empresa norte-americana Chainalysis para utilização do software de inteligência Reactor, reconhecido internacionalmente por sua eficácia em mapear e rastrear transações de criptomoedas. A cooperação terá prazo de 12 meses e prevê a cessão temporária do software, além de treinamentos especializados e suporte técnico.

De acordo com a empresa, o Reactor permite seguir o dinheiro, descortinar aqueles por trás das movimentações financeiras, analisar dados complexos e visualizar toda a blockchain em uma interface de simples utilização. O software já é adotado por agências de inteligência em diferentes países, como o FBI. O uso da ferramenta auxiliará principalmente no enfrentamento ao crime organizado, que se vale do ambiente cibernético e das moedas digitais para lavagem de dinheiro, fraudes, corrupção e financiamento de atividades ilícitas.

Para o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o acordo é um marco na modernização da atuação do Ministério Público fluminense. “Seguimos firmes no propósito de qualificar nossas investigações, sobretudo na área criminal. A aquisição dessa moderna ferramenta tecnológica, de múltiplas funcionalidades, nos permitirá rastrear criptoativos, ativos virtuais cada vez mais utilizados em sofisticados processos de lavagem de capitais”, afirmou Antonio José.

O uso da ferramenta será gerenciado pela Coordenadoria de Inteligência da Investigação (CI2/MPRJ) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), e destinado ao auxílio das investigações de grupos especializados como o GAECO, o GAESP e das promotorias de Justiça de investigação. No MPSC, a operacionalização ficará a cargo do CyberGAECO. A expectativa é que, com a ferramenta, esses órgãos possam utilizar técnicas avançadas de investigação digital baseadas em inteligência de dados para mapear transações e identificar conexões entre agentes envolvidos em crimes.

O acordo também prevê o treinamento de membros e servidores do MPRJ por especialistas da Chainalysis, garantindo a melhor utilização dos recursos oferecidos pela plataforma. A iniciativa do MPRJ e do MPSC pode abrir caminho para que outros Ministérios Públicos e órgãos brasileiros avaliem a adoção de tecnologias semelhantes no enfrentamento aos crimes digitais.

Por MPRJ

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