Notícia
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O Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ) realizou, na segunda-feira (23/06), o evento “Diagnóstico não é destino”, com foco na inclusão e superação de barreiras atitudinais no ambiente coletivo, como o institucional. Com transmissão online e interpretação em Libras, o evento foi organizado em conjunto com a Comissão Permanente Multidisciplinar de Acessibilidade (CPMA/MPRJ).
A abertura contou com a presença da promotora de Justiça Cristiane Branquinho, coordenadora da CPMA/MPRJ, e do diretor-geral do IERBB/MPRJ, Leandro Navega, que destacaram a importância de fortalecer uma cultura institucional inclusiva. O evento teve como palestrante o escritor, poeta, mentor e ex-estagiário da Coordenadoria de Comunicação Social (CODCOM), Guilherme Vieira Izidoro, conhecido como Xawdrê. Ele compartilhou sua trajetória como pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) e trouxe reflexões sobre os desafios enfrentados e a importância da rede de apoio.
“O autismo não é doença, é uma condição. Muitas pessoas ainda acham que é doença por ser considerada uma deficiência oculta, mas não é. A pessoa nasce, cresce, envelhece e morre com o transtorno, que não tem cura, porque não é uma doença. Ele pode ser trabalhado, desde que haja rede de apoio, terapias, profissionais competentes, empatia e acolhimento”, destacou.
Xawdrê também compartilhou experiências pessoais, destacando as dificuldades enfrentadas no período escolar, marcadas por episódios de preconceito, bullying, mas também por laços de amizade e acolhimento que permanecem até hoje.
A mãe de Guilherme, Jane de Souza Vieira, também trouxe sua vivência como familiar, enfatizando a importância do acolhimento, da escuta e do olhar atento às necessidades dos filhos. “Muitas vezes, eles não falam o que estão sentindo. Por isso, é fundamental que a gente perceba, acolha e esteja presente”, afirmou.
O público presente teve acesso aos livros escritos por Xawdrê, que autografou alguns exemplares. O evento foi voltado, em especial, ao público interno do MPRJ, fortalecendo práticas institucionais mais inclusivas, alinhadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e à promoção de um ambiente livre de barreiras capacitistas.
Por MPRJ

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