Notícia
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Em junho, mês do Meio Ambiente, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através de seu Núcleo de Sustentabilidade (NSU/MPRJ), lançou uma programação voltada para a conscientização sobre o tema. A abertura ocorreu nesta terça-feira (06/06), com a inauguração da exposição MARES - Museu Aberto das Águas e dos Rios, do artista André Rongo, do Museu do Graffiti.
Expostos no estacionamento do edifício-sede do MPRJ, ao lado de onde está instalado o Ecoponto da Instituição, os animais marinhos criados por André atiçaram a curiosidade de quem passava por ali. "O André promove essa conscientização dos resíduos jogados nos mares e nos rios, transformando lixo em arte de uma forma maravilhosa", elogia o secretário de Logística (SECLOG/MPRJ) e presidente do NSU/MPRJ, Ronaldo Bello Guimarães.
As esculturas foram desenvolvidas e confeccionadas com resíduos retirados das águas - como canudos, baldes e até lixo eletrônico - e finalizadas com tinta, em técnica denominada pelo artista de "graffiti sustentabilismo". "É tudo aquilo que se faz com lixo grafitado", descreve André que, desde criança, gostava de consertar brinquedos e afins. "Cato e recolho lixo, devolvo e descarto arte", versa o André, natural do Rio de Janeiro.
Palestra de conscientização sobre plásticos
O descarte de resíduos também foi tema da palestra "Oceanos livres de plástico", ministrada pela engenheira ambiental da Plastic Bank Brasil, Danielle Gomes. O evento ocorreu na sala Multímidia do prédio das Procuradorias do MPRJ e contou com a presença de servidores e terceirizados.
Focando nos resíduos plásticos, a palestra teve como objetivo mostrar a forma como se destina este material, evitando que pare nos oceanos, dando a solução na origem. “Com isso, passamos essa conscientização ambiental, aliada a um trabalho importante do MPRJ, com uma linda exposição e um Ecoponto recebendo o material e dando a destinação correta, que são as cooperativas de catadores”, disse a palestrante.
Danielle mostrou como ingressou na área, relatando sua história familiar com a iniciativa do pai, que virou catador, por necessidade, de garrafas PET e outros materiais na comunidade Jorge Turco, em Coelho Neto, em uma época que ainda não se fazia isso e não se dava atenção à sustentabilidade. Da paixão pessoal do pai, que ocupou um espaço até o surgimento da cooperativa da família com 77 funcionários, Danielle se formou na área, assim como seus irmãos, tomando como referência a história de vida daquele que chegou a ser o seu orientador do TCC.
Hoje, a palestrante trabalha em uma empresa internacional que impede a poluição de plásticos nos oceanos e estimula a conscientização em comunidades, tema central de sua explanação, promovida em parceria com o MPRJ. “Muitos hoje ouvem falar da poluição plástica nos oceanos, mas será mesmo ele o vilão ou será a forma que consumimos desenfreadamente ou que destinamos as nossas embalagens? Então, o trabalho que o MPRJ fez em instalar um ponto de coleta seletiva que recebe de toda a comunidade do entorno, entre diversos materiais, o plástico, fez com que eu trouxesse para essa palestra o que se faz com ele para a sua transformação em uma nova matéria-prima, fechando um ciclo sustentável”, conclui.
De acordo com o diretor de infraestrutura da SECLOG/MPRJ e responsável pelo Comitê Temático de Gestão de Resíduos do NSU/MPRJ, Roberto Souza Júnior, a palestra faz parte das iniciativas com a temática de sustentabilidade que o setor vem promovendo ao longo dos anos. “Nosso objetivo é conscientizar não só o nosso público interno em relação ao descarte ambientalmente correto, como também os próprios colaboradores que trabalham conosco, e conseguir alcançar a melhoria da destinação dos nossos resíduos de maneira geral”, finaliza.
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)