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MPRJ e Polícia Civil cumprem em Petrópolis mandados de busca e de afastamento do presidente da Câmara Municipal por peculato
Publicado em Thu Jun 27 07:46:32 GMT 2019 - Atualizado em Thu Jun 27 14:20:05 GMT 2019

 O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, com o apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal (GAOCRIM/MPRJ) e a Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro da Polícia Civil (CIAF/PCERJ), realizam nesta quinta-feira (27/06) em Petrópolis a Operação Diáfano para afastar de suas funções o presidente da Câmara de Vereadores do município, Roni Medeiros, acusado de empregar funcionários fantasmas em seu gabinete entre os anos de 2013 e 2016. Além do político, outras quatro pessoas são acusadas de peculato. A operação também cumpre nove mandados de busca e apreensão nas residências dos denunciados e na Câmara Municipal de Petrópolis.

De acordo com a denúncia, Roni empregou como 'fantasmas' Omar Ligeiro Jacob, Valeria Maria Vital de Lira Rizzo e Márcio José de Almeida em seu gabinete sem que os funcionários comparecessem para trabalhar na Casa Legislativa. O político  nomeou Omar Ligeiro Jacob a pedido de seu pai, Omar Jacob, como contrapartida aos serviços que prestou durante a campanha eleitoral de Roni. Depois da posse, Omar Ligeiro Jacob não retornou à Câmara para trabalhar, não tendo realizado qualquer atividade inerente ao cargo comissionado. O pai, Omar Jacob, também foi denunciado.

 Já em relação a Valeria e Márcio, o vice-presidente da Câmara submeteu seus nomes ao então presidente da Câmara Municipal, Paulo Igor Carelli, com a finalidade de obter a nomeação dos indicados aos cargos, respectivamente, de assessor parlamentar e assessor especial, lotados no gabinete de Roni. Muito embora tenham sido nomeados e empossados nos cargos comissionados, os denunciados nunca exerceram qualquer função pública na Câmara Municipal, tendo recebido, normalmente, os proventos relativos aos cargos ocupados durante o período em que estiveram empregados na Casa. Ao longo do quatro anos de legislatura foi desviada dos cofres municipais a quantia de aproximadamente R$ 500 mil em valores atualizados, correspondente aos vencimentos pagos aos três funcionários “fantasmas”, que foram denunciados pelo total de 72 peculatos e associação criminosa.

 Número do processo: 0031256-92.2019.8.19.0000

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