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MPRJ denuncia 11 homens por integrar milícia e cometer homicídios em Duque de Caxias
Publicado em Fri Nov 17 19:55:30 GMT 2017
- Atualizado em Fri Nov 17 19:58:11 GMT 2017
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), denunciou 11 homens por integrarem uma milícia que atua em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Sete deles também foram denunciados por assassinarem dois entregadores de gás em setembro deste ano. O crime foi registrado por câmeras de segurança.
De acordo com o MPRJ, os denunciados atuavam como milícia privada pelo menos desde 2012, com a finalidade de praticar os crimes de extorsão, furto de sinal de TV a cabo, roubo de carga, usura, furto de combustível e homicídio. Segundo as investigações, a estrutura do grupo era complexa e os integrantes tinham atribuições distintas como o controle financeiro, segurança, roubos de carga, agiotagem e controle de transporte e do comércio.
Segundo a denúncia, os líderes do grupo criminoso eram Pedro Paulo da Silva Figueiredo e Elton Souza Ignácio. Nilton Alves Soares da Silva, conhecido como Gordinho ou Super Choque, era o responsável por gerenciar o dinheiro do grupo. Cristiano Oliveira Alves dos Santos Junior, vulgo Batata, fazia a cobrança dos moradores que não pagavam a "taxa de segurança". Na “guarda” armada do grupo atuavam Fabrício Correia da Silva e Fernando da Fonseca Miranda. Já Cirley Thales Fonseca dos Santos atuava tanto na segurança armada como na cobrança dos moradores. A área financeira contava ainda com Jorge Paulo Evangelista Alves e Guilherme de Souza Barbosa, que emprestavam dinheiro a juros ilegais aos comerciantes e moradores, além de participarem de roubos de carga e furto de combustível. Nos serviços de transporte o responsável por gerenciar o mototaxi local para a milícia era Lucas Gonçalves Claudino. Por fim, Jonathan Rodrigues de Queiroz era um dos responsáveis pelos roubos de carga para a milícia, além de armazenar armas e produtos roubados.
A completa qualificação de todos os envolvidos foi possível após a atuação conjunta do GAECO/MPRJ com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que no dia 10 de outubro de 2017 deflagraram a Operação “Gas Over” cumprindo mandados de prisão temporária e busca e apreensão expedidos pelos juízos da 3ª e 4ª Varas Criminais de Duque de Caxias.
Ainda de acordo com o MPRJ, sete deles participaram do duplo homicídio contra Inácio Fonseca de Fontes e Bruno da Silva Braz, que realizavam entrega de gás numa área onde o grupo ambicionava o monopólio do serviço, segundo as investigações. Os denunciados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado(motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) são Jonathan, Cirley, Fernando, Fabricio, Nilton, Pedro Paulo e Elton. Eles também foram denunciados, junto com o restante dos 11 homens, por integrar milícia privada, como prevê o artigo 288-A do Código Penal.
As investigações foram realizadas pela DRACO-IE e pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Processos: 0057395-86.2017.8.19.0021 e 0057392-34.2017.8.19.0021.
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