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PGJ denuncia e obtém prisão de deputado estadual por associação para o tráfico e comércio ilegal de armas
Publicado em Wed Sep 03 07:13:49 GMT 2025 - Atualizado em Wed Sep 03 07:13:22 GMT 2025

A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou um deputado estadual e outras quatro pessoas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. A ação penal proposta pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, obteve, junto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, cumpridos nesta quarta-feira (03/09), em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana. 

A Operação Bandeirantes conta com o apoio da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Participam do cumprimento dos mandados promotores de Justiça da Assessoria de Atribuição Originária Criminal (AAOCRIM/MPRJ), integrantes da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Atuação Especializada e agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

De acordo com a denúncia, os acusados mantinham vínculos estáveis com a facção criminosa Comando Vermelho, atuando nos Complexos da Maré e do Alemão e na comunidade de Parada de Lucas. O grupo é acusado de intermediar a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones usados para dificultar operações policiais nos territórios ocupados pela organização, além de movimentar grandes somas em espécie para financiar as atividades da facção. 

Para o MPRJ, o parlamentar denunciado utilizou o mandato para favorecer a organização criminosa, inclusive nomeando comparsas para cargos na Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ). Ainda segundo a denúncia, o deputado é acusado de intermediar diretamente a compra e a venda de drogas, armas de fogo, aparelhos antidrones e realizou pagamentos a integrantes do Comando Vermelho. 

Outro denunciado é apontado como uma das lideranças da facção, responsável pelo controle financeiro do grupo e pela autorização de pagamentos vultosos, incluindo a autorização para a compra dos antidrones usados para dificultar a atuação policial. Um terceiro denunciado exercia a função de tesoureiro, encarregado de armazenar drogas, guardar valores milionários, efetuar pagamentos e intermediar negociações de armas e munições.

Um quarto denunciado atuava como fornecedor de equipamentos especializados à facção, em especial os dispositivos antidrones. Ele também era responsável pelos testes em campo e ensinava outros membros da facção a operá-los. De acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça, paralelamente, o denunciado ocupava o cargo de assessor parlamentar, indicado pelo deputado, como forma de encobrir as atividades ilícitas. Ainda segundo a denúncia apresentada à Justiça, a quinta acusada havia sido nomeada para um cargo comissionado na ALERJ e sua função era servir de elo entre o grupo criminoso e o Legislativo. A assessora contribuia para acobertar o papel desempenhado pelo tesoureiro, com quem é casada.

A investigação tramitou na Procuradoria-Geral de Justiça por envolver agente político com foro por prerrogativa de função.

Por MPRJ

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