O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça Junto à 28ª Vara Criminal da Capital, denunciou duas pessoas como os autores do assassinato do médico Cláudio Marsili, ocorrido no último dia 19 de outubro, na Barra da Tijuca. De acordo com a denúncia, Tiago Barbosa dos Santos, preso em flagrante, e Marcus Vinicius da Silva Pereira, que teve pedida sua prisão preventiva à Justiça, praticaram o crime logo após roubarem o veículo da vítima.

O documento aponta que Tiago e Marcus Vinicius roubaram o veículo do médico por volta das 06h45m, na Rua Fernando Matos, próximo à estação de metrô do Jardim Oceânico. A análise das imagens das câmeras de segurança no local mostrou que a vítima, ao ser abordada por Tiago, fez um movimento brusco para a frente, dando a entender que teria empurrado o denunciado para dentro de um canal que havia no local, antes de ser atingida pelo tiro que provocou sua morte. As posições de entrada e saída do disparo confirmam que a vítima estava com o corpo projetado para frente, no momento em que foi atingida.

De acordo com a denúncia, foi possível identificar que Tiago cai no canal e, logo depois, ingressa no carro da vítima e segue o veículo onde estavam seus comparsas. Uma testemunha que estava no local, confirmou ter ouvido um disparo de arma de fogo e, ao se aproximar, viu o veículo da vítima manobrando para sair da vaga, quando então conseguiu ver o corpo do médico caído no chão.

Após receberem a informação de que o veículo da vítima se encontrava na comunidade do Turano, na Tijuca, policiais militares ingressaram no local à procura do carro, quando se depararam com Tiago em uma das casas. No interior da residência, os policiais encontraram documentos e objetos da vítima (carimbo com o nome e CRM, máquina de cartão, estojo contendo canetas e material médico), posteriormente reconhecidos em sede policial pelo filho de Cláudio. De acordo com a Promotoria de Justiça, Marcus Vinicius fugiu do local, mas teve em sua casa apreendidas 12 munições intactas, calibre .556, e 1 munição intacta calibre .40, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 

Entre o material apreendido, também estava a chave de um carro do mesmo modelo do médico, e o veículo utilizado durante a ação pelos denunciados. Posteriormente, exames de papiloscopia encontraram as digitais de Tiago no vidro traseiro do veículo usado pelos autores do crime.

Desta forma, Marcus Vinicius, foi denunciado pelo crime de roubo seguido de morte (artigo 157, §3º, inciso II, do Código Penal), e por porte ilegal de munições  (artigo 16 da Lei nº 10.826/2003). Já Tiago foi denunciado pelo crime de roubo seguido de morte.

Por MPRJ